Crianças e adolescentes são prioridade na vacinação contra dengue

Novidade no calendário de vacinação para 2024, a imunização contra a dengue vai priorizar crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, e a campanha de vacinação está programada para começar em fevereiro deste ano. O Brasil deve receber até 6 milhões de vacinas em 2024. Como a vacina é aplicada em duas doses, a expectativa é vacinar 3 milhões de pessoas.

A definição sobre a faixa etária e o grupo prioritário para o início da vacinação, assim como a quantidade de doses a serem distribuídas aos estados, será decidida em uma reunião marcada para o dia 25 de janeiro.

Apesar de ser o primeiro país a oferecer a vacina publicamente, o Brasil enfrenta o desafio da escassez de doses. A Takeda, laboratório responsável pela vacina, se comprometeu a entregar cerca de 5 milhões de doses de fevereiro a novembro. O Ministério da Saúde está em negociações para receber doações, para chegar elevar o total a 6 milhões.

Efetivamente, a vacina incorpora vírus vivos atenuados da dengue, desencadeando respostas imunológicas direcionadas aos quatro sorotipos do vírus da dengue.

Assim como a dengue, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti é a Chikungunya. Uma década após a identificação dos primeiros casos de chikungunya no Brasil, a comunidade científica revela a primeira vacina contra esse vírus, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva. A vacina está em fase de avaliação pela Anvisa. Os resultados mais recentes dos testes clínicos indicam que ela é capaz de induzir uma resposta imunológica robusta em quase toda a população participante dos estudos, com 98% dos adolescentes no Brasil desenvolvendo anticorpos em resposta à fórmula.

Até o momento, os estudos conduzidos sugerem que a fórmula é segura, apresentando reações adversas classificadas como leves a moderadas e de curta duração. A tecnologia empregada é a do vírus atenuado, ou seja, o micro-organismo é enfraquecido em laboratório. Dessa forma, ele promove a produção de anticorpos sem desencadear a doença em si.

A aprovação da vacina contra a chikungunya seria uma importante conquista para a saúde pública brasileira, já que a doença pode causar sintomas graves, como febre alta, dores musculares e nas articulações, e pode levar à morte.

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