O Ministério da Saúde lançou, em parceria com pesquisadores e epidemiologistas, a segunda fase do Epicovid 2.0, o maior estudo sobre a Covid-19 no Brasil. Diferentemente das fases anteriores, feitas com a testagem, o estudo utilizará questionários como instrumento de coleta de dados. Com investimento de mais de R$ 8 milhões do governo federal e coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o estudo tem previsão de duração de 32 meses.
A ideia é atualizar a real dimensão da pandemia no país, incluindo informações sobre os impactos da Covid-19 a longo prazo, como sequelas e complicações pós-Covid, estimadas pela Organização Mundial da Saúde em 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença. A coleta de dados também abordará infecções prévias por Covid-19, impactos financeiros, alimentares, educacionais, comportamentais, além da saúde mental e física, e a vacinação contra a doença.
Vacinas, aliás, estão em destaque nas ações do Ministério da Saúde, que alerta para a importância da vacinação contra a Influenza como parte do Movimento Nacional pela Vacinação. Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar os serviços de saúde em todo o Brasil para receber a dose trivalente, que protege contra as principais cepas do vírus. A meta é vacinar 90% do grupo prioritário em 2023, após uma queda nas coberturas vacinais em 2022, quando apenas 68% do público-alvo foi imunizado contra a gripe.
Para se ter ideia, em 2021, foram registrados 7,2 mil casos da doença, número que saltou para 12.169 em 2022. Apenas no início de 2023, já foram confirmados 1,3 mil casos com 87 óbitos.
A vacina é produzida pelo renomado Instituto Butantan, de forma escalonada, de acordo com o avanço da campanha de imunização. Vale ressaltar que a formulação da vacina é atualizada anualmente, para garantir a efetividade contra as cepas do vírus que circularam no ano anterior, por isso é importante se apresentar anualmente para vacinação.