O G20 é um fórum multilateral entre países industrializados e emergentes, que nasceu com foco nas discussões econômicas, mas que incluiu em sua agenda grupos de discussões em outros temas como comércio, desenvolvimento sustentável, meio ambiente e saúde, entre outros.

Com presidência rotativa, o G20 tem o Brasil na liderança pela primeira vez e, em abril, o país sediou a reunião do Grupo de Trabalho de Saúde do G20, que ocorreu entre os dias 8 e 11. O encontro congregou secretários de saúde e especialistas internacionais para deliberar sobre questões vitais concernentes à saúde mundial. 

Focando na construção de sistemas de saúde resilientes, foram estabelecidas quatro prioridades: prevenção, preparação e resposta a pandemias, com ênfase na produção local e regional de medicamentos, vacinas e insumos de saúde; saúde digital para expandir a telemedicina, integrar e analisar dados de sistemas de saúde nacionais; equidade em saúde; e mudanças climáticas e sua relação com a saúde.

Uma iniciativa central proposta pelo Brasil foi a criação de uma Aliança para Produção Regional e Inovação, com base na lição aprendida durante a pandemia de Covid-19. Essa aliança visa fortalecer a produção descentralizada em todo o mundo, para evitar a dependência excessiva de poucos atores.

Durante os debates, houve consenso sobre a importância do desenvolvimento da saúde digital, especialmente a telemedicina, e seu papel como instrumento de política pública para garantir acesso, mesmo em áreas remotas e países menores. Além disso, foi discutida a possibilidade de trocar dívidas externas por investimentos em saúde, além de medidas para fortalecer a produção local e a força de trabalho na área da saúde.

Estão programadas mais duas reuniões presenciais do Grupo de Trabalho em nível ministerial, antes da Cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro.

Foto: Karina Zambrana/OMS/OPAS

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