Recentemente, o governo federal autorizou a suspensão do preço máximo pago pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou pelo setor privado na aquisição de medicamentos que hoje estão em falta no mercado.
Esta medida é uma tentativa de evitar que itens como dipirona injetável e a imunoglobulina humana, fiquem em falta. No momento, a indústria afirma que a alta dos custos de produção impulsionou os preços de comercialização a um patamar acima do teto estipulado pelo governo.
A suspensão do teto seria temporária, até o fim de 2022.
As farmácias e centros médicos, públicos e particulares, têm relatado a escassez de medicamentos. No estado de São Paulo, um em cada quatro (25%) hospitais privados diz que a falta ou dificuldade para compra de remédios é o principal problema enfrentado hoje, segundo pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp).
De acordo com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do estado de São Paulo (Cosems), faltam medicamentos em hospitais que atendem pelo SUS, e isso também está atrasando cirurgias e tratamentos. Na lista, 43 medicamentos estão em falta no estado. Entre eles, antibióticos como a clindamicina e a piperacilina sódica; analgésicos e antiinflamatórios, por exemplo: dipirona, cetoprofeno e dexametasona; um anestésico, a bupivacaína; e até soro fisiológico.