As vendas da indústria farmacêutica devem crescer 12,6% neste ano e 9,3% no próximo, abrangendo tanto o mercado de varejo quanto o não varejo, conforme apresentado no “Fórum Expectativas 2025” promovido pelo Sindusfarma. Esse desempenho é evidenciado pelo aumento de 19,4% nas vendas para farmácias em abril, em comparação com o ano anterior, segundo projeções da consultoria IQVIA.
As previsões estão na pesquisa “Benchmarking de Expectativas da Indústria Farmacêutica 2024-2025” do Sindusfarma, que também destacou o otimismo da indústria farmacêutica quanto a fatores como o crescimento das compras governamentais (77%), novas tecnologias e acesso ao mercado privado (73%), crescimento econômico (66%) e ambiente regulatório (60%).
O setor de farmácias e drogarias também está em expansão no país, totalizando 92.649 estabelecimentos, segundo dados da IQVIA. Além disso, as vendas online de medicamentos estão crescendo rapidamente, representando 16% das vendas no varejo, em comparação com 11% no ano passado.
A Sondagem Especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também trouxe números ligados à indústria farmacêutica. O custo regulatório médio para a indústria foi de 4,1% da receita líquida total do setor industrial em 2023, equivalente a R$ 243,7 bilhões, ou 6,8% da receita líquida. Custos regulatórios são aqueles ligados a adequações de normas, certificações e atendimento obrigatório a exigências regulatórias.
A pesquisa também indicou que, no ano passado, a indústria desembolsou R$ 150,1 bilhões em multas, penalidades, perda de mercadorias ou retrabalho devido à não conformidade com regulamentações, o que representa 2,6% da receita líquida.
Além do setor farmacêutico, outros sete dos 30 setores pesquisados gastam mais de 5% de suas receitas líquidas com regulamentações. Esses setores são: biocombustíveis (6,8%), extração de minerais não-metálicos (6,3%), borracha (6%), construção de edifícios (5,6%), madeira (5,4%), minerais não-metálicos (5,4%) e celulose e papel (5,4%).