Além da campanha do Setembro Amarelo, que aborda a saúde mental, o mês de setembro também é marcado por outra ação importante no campo da saúde: o Setembro Verde, voltado para a conscientização e incentivo à doação de órgãos. Essa campanha destaca que um único doador pode salvar várias vidas, pois é possível doar diversos órgãos e tecidos.  Fortalecendo a temática da doação, desde 2007 o dia 27 de setembro foi instituído por lei como o Dia Nacional da Doação de Órgãos.

Embora as filas de espera por um transplante ainda sejam longas, há boas notícias. Entre janeiro e junho deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 14.352 transplantes em todo o país, superando o número registrado no mesmo período de 2023, quando ocorreram 13,9 mil procedimentos. Os órgãos mais doados foram rins, fígado, coração, pâncreas e pulmões, além de tecidos como córneas e medula óssea.

No total, nos primeiros seis meses de 2024, foram doados 4.580 órgãos, 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas, representando um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior. Considerando apenas os transplantes de órgãos sólidos, o crescimento foi de 4,2%.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é reconhecido como o maior programa público de transplantes do mundo. Ele é responsável por regular, controlar e monitorar todos os processos de doação no Brasil. Cerca de 88% do financiamento é proveniente do SUS, que atualmente possui 728 unidades habilitadas para realizar transplantes em todo o país.

Para ilustrar a magnitude do programa, em 2023, foram investidos mais de 1,3 bilhão de reais em procedimentos relacionados à doação e transplantes, com recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). 

Até junho deste ano, o Ministério da Saúde já havia destinado 718 milhões de reais para essa área. Além disso, 46 milhões de reais foram alocados para garantir o funcionamento das centrais de transplantes, apoiar as organizações de busca de órgãos e desenvolver outros projetos que fortalecem o SNT.

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