Setembro está chegando ao fim, mas os cuidados com a saúde da mulher não podem parar.

Mudanças na pele da vulva ou da vagina, dor, sangramento após a menopausa ou feridas podem ser sinais de algum tipo de câncer ginecológico. O alerta é da FEBRASGO, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, que apoia a campanha Setembro em Flor, promovida pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA). O objetivo da campanha é informar as mulheres sobre a prevenção dos cânceres que atingem o colo do útero, os ovários, o endométrio, a vagina e a vulva.

O câncer do colo do útero é o que mais mata mulheres até os 36 anos, mas pode ser prevenido com a vacina contra o HPV, indicada a partir dos 9 anos. O câncer de vulva é mais raro, mas afeta a parte externa do aparelho reprodutor feminino, incluindo lábios, clitóris e períneo. Já o câncer de ovário pode surgir em qualquer idade e é o terceiro mais comum entre os tumores ginecológicos.

Setembro também trouxe novidades no tema: mamografia. O Ministério da Saúde atualizou as recomendações: mulheres de 40 a 49 anos podem fazer o exame sob demanda, se desejarem e com indicação médica. Entre 50 e 74 anos, o exame deve ser feito a cada dois anos, e acima dos 74 anos, a decisão é individual, considerando a saúde e a expectativa de vida.

As mudanças incluem ainda novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico para câncer de mama, o lançamento de um manual de diagnóstico precoce e de alta suspeição para apoiar os profissionais da atenção primária, e o anúncio da destinação de R$ 100 milhões, em parceria com o CNPq, para pesquisas sobre câncer de mama, colo do útero e colorretal.

O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, excluindo os tumores de pele não melanoma. Detectar cedo faz toda a diferença, aumenta as chances de cura e oferece mais opções de tratamento. 

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