A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nova versão do relatório “Estatísticas Mundiais da Saúde”, que revela que a pandemia de COVID-19 interrompeu a tendência de aumento constante na expectativa de vida ao nascer e na expectativa de vida saudável ao nascer (HALE, na sigla em inglês). Os dados de 2024 confirmam que os impactos da pandemia foram desiguais em todo o mundo: as regiões das Américas e do Sudeste Asiático foram as mais afetadas, com uma queda de aproximadamente 3 anos na expectativa de vida e 2,5 anos na expectativa de vida saudável entre 2019 e 2021.
Outro ponto abordado no relatório é o papel das doenças não transmissíveis (DNTs). Embora em 2020 e 2021 a Covid-19 tenha sido a terceira e segunda maior causa de mortalidade no mundo, as DNTs, que antes da pandemia representavam 74% de todos os óbitos (dados de 2019), continuaram a ser responsáveis por 78% das mortes não relacionadas à COVID-19. Elas envolvem condições como doença cardíaca isquêmica, acidente vascular cerebral, cânceres, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes e doença de Alzheimer e outras demências. O relatório também chama a atenção para a complexa questão da dupla carga de desnutrição, onde a subnutrição coexiste com o sobrepeso e a obesidade.
A 77ª Assembleia Mundial da Saúde (WHA77, na sigla em inglês) realizada em Genebra, Suíça, de segunda-feira (27/05) até 1º de junho deve tratar destes tópicos, já que o evento reúne autoridades globais de saúde, incluindo vários ministros da região das Américas.
Sob o tema “Todos pela Saúde, Saúde para Todos”, espera-se que as discussões se concentrem na nova estratégia da OMS para a saúde global 2025-2028, abordando o impacto de megatendências como mudanças climáticas, envelhecimento, migração e avanços na ciência e tecnologia.
Foto: OMS – 77ª Assembleia Mundial da Saúde