O mercado de marca própria nas farmácias no Brasil alcançou um novo recorde, movimentando R$ 4,6 bilhões nos 12 meses encerrados em agosto de 2024, segundo levantamento da IQVIA. O crescimento foi de 14,9% em relação ao período anterior, com uma alta acumulada de 21,6% nos últimos cinco anos. Atualmente, o segmento abrange 85% das 77 categorias de consumer health no varejo farmacêutico.
Entre os destaques, os segmentos de vitaminas, minerais e suplementos (VMS), banho, proteção solar, gripes e resfriados e incontinência representaram 42% do faturamento total. A categoria de VMS liderou em lançamentos no período, com 141 SKUs, seguida por maquiagem (93) e banho (88).
O setor farmacêutico no Brasil projeta um faturamento superior a R$ 202 bilhões em 2024, mantendo um crescimento de dois dígitos e destacando-se como o segundo maior segmento do varejo nacional, atrás apenas do alimentar.
No campo jurídico, farmacêuticas brasileiras e estrangeiras estão envolvidas em uma disputa judicial pela prorrogação de 63 patentes de medicamentos, reflexo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021, que limitou a validade de patentes a 20 anos.
Das patentes em disputa, oito expiram em 2024, enquanto outras já venceram ou expiram nos próximos anos. Até o momento, 20 sentenças contrárias aos pedidos de prorrogação foram emitidas em primeira instância, sem trânsito em julgado.
Enquanto isso, o mercado farmacêutico digital avança de forma acelerada nos Estados Unidos, levando redes como CVS e Walgreens a fecharem lojas físicas. No Brasil, porém, ainda não há um player 100% digital que rivalize com as grandes redes de farmácias. Movimentações de investidores sugerem mudanças no curto prazo, contudo, a entrada de players globais do varejo online no canal farmacêutico tem sido barrada por desafios como regulamentações específicas, logística complexa, pressão de custos operacionais e incertezas econômicas. Apesar dessas barreiras, a solidez do setor indica um potencial de transformação nos próximos anos.