Novembro é tradicionalmente dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens, ficando apenas atrás do câncer de pele não melanoma.
O diagnóstico precoce é crucial para garantir a cura do câncer de próstata, mas encarar os exames preventivos como rotina ainda é tabu entre muitos homens. Desmontar preconceitos, disseminar informações e incentivar os cuidados com a saúde masculina também fazem parte dos objetivos do Novembro Azul.
A conscientização sobre o câncer de próstata é a razão da campanha, mas outras doenças graves têm crescido entre os brasileiros. O alerta sobre o aumento significativo das internações por infarto no país vem do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Segundo o órgão, entre 2008 e 2022, entre os homens, a média mensal subiu de 5.282 para 13.645, representando um aumento de 158%, enquanto entre as mulheres, a média passou de 1.930 para 4.973, um aumento de 157%. Esses números são baseados no Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, cobrindo de 70% a 75% de todos os pacientes do país, tanto em hospitais públicos quanto privados conveniados ao SUS.
Outro ponto de preocupação é a pressão alta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório sobre os efeitos globalmente devastadores da hipertensão, destacando a necessidade de combater esse assassino silencioso. O relatório revela que cerca de quatro em cada cinco pessoas com hipertensão não recebem tratamento adequado. No entanto, se os países conseguirem expandir a cobertura, poderão evitar aproximadamente 76 milhões de mortes entre 2023 e 2050. A hipertensão arterial afeta um em cada três adultos em todo o mundo, podendo causar derrames, ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, danos renais e diversos outros problemas de saúde.