A cientista húngara de bioquímica, Katalin Kariko, e o pesquisador norte-americano, Drew Weissman, foram os laureados com o Prêmio Nobel de Medicina de 2023. O anúncio, realizado no início do mês passado em Estocolmo, Suécia, pelo Instituto Karolinska e a Fundação Nobel, reconheceu as contribuições significativas desses pesquisadores no desenvolvimento da vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19.
O Comitê do Prêmio destacou que as descobertas relacionadas às modificações na base dos nucleosídeos, conduzidas por ambos os cientistas, viabilizaram a criação de vacinas de mRNA altamente eficazes contra a Covid-19 em um tempo extraordinariamente breve.
Sobre vacinas, em 1951, o Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído a Max Theiler, responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a febre amarela. Já são décadas, portanto, de avanços no desenvolvimento de vacinas, mas o assunto ainda enfrenta desafios básicos para convencer alguns grupos sobre a importância das ações de vacinação para proteção individual e como medida de saúde pública global.
No Brasil, em resposta às quedas significativas no alcance das campanhas de vacinação mais recentes, o Governo Federal instituiu um Comitê destinado a combater a desinformação sobre vacinas. Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações com o objetivo de elevar as taxas de cobertura vacinal no país e confrontar os impactos da desinformação.
O Comitê planeja propor estratégias, coletar subsídios, promover a articulação entre entes federados e sociedade civil, sugerir pesquisas, utilizar recursos técnicos, implementar ações e políticas públicas para combater a desinformação relacionada ao Programa Nacional de Imunizações e às políticas de saúde pública. Para isso, serão realizadas reuniões ordinárias mensais, além de encontros extraordinários conforme necessário.
Essa iniciativa integra o programa “Saúde com Ciência,” criado pelo governo federal como uma estratégia interministerial para fortalecer as políticas de saúde por meio do reconhecimento e valorização da ciência.