Entre os dias 18 e 19 de novembro, ocorreu o encontro do G20 no Brasil, a cúpula das 20 maiores economias do mundo. Realizado pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, o evento mobilizou lideranças e fomentou muitos debates anteriores. A reunião ministerial do G20 Saúde aconteceu no mês passado, e chegou num consenso em dois documentos: a Declaração Ministerial sobre Mudança Climática, Saúde e Equidade e a Declaração do Rio de Janeiro de Ministros da Saúde do G20.
Essas declarações reconhecem a urgência de enfrentar as crises de saúde agravadas pela mudança climática, enfatizando a necessidade de recursos financeiros sustentáveis e uma abordagem integrada entre setores. A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram destacados como fundamentais para promover saúde e bem-estar para todos. Os documentos alertam sobre os impactos da poluição do ar e dos eventos climáticos extremos, que podem intensificar doenças infecciosas, não transmissíveis e afetar a saúde mental.
Os acordos também incentivam investimentos em saúde, com um foco especial em países em desenvolvimento, mais vulneráveis a essas crises. Foi discutida ainda a criação de estratégias para combater a resistência antimicrobiana (AMR), alinhadas com as diretrizes globais. Além disso, a Coalizão Global para Produção Local e Regional foi estabelecida para melhorar o acesso a vacinas, terapias e novas tecnologias de saúde, priorizando doenças negligenciadas e populações vulneráveis.
As declarações também destacaram a importância de fortalecer a saúde digital, especialmente no enfrentamento da escassez de profissionais em contextos emergenciais. A telemedicina e os avanços em Inteligência Artificial (IA) foram apontados como soluções para melhorar o acesso a serviços e reduzir desigualdades.
Além disso, os ministros reafirmaram seu compromisso de erradicar epidemias como AIDS, tuberculose, malária e poliomielite.
Os acordos também reforçam a necessidade de parcerias público-privadas, compartilhamento de conhecimento e transferência de tecnologias para garantir um sistema de saúde mais equitativo, eficiente e alinhado aos ODS, especialmente o ODS 3, que visa garantir saúde e bem-estar para todos.