O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) lançou um estudo que mapeia as fraudes e desperdícios no setor de saúde suplementar, com dados internacionais e estimativas inéditas de valores e perdas. O estudo também apresenta recomendações para prevenir e combater esses problemas e está disponível na íntegra, neste link.
As fraudes e desperdícios no sistema de saúde suplementar não apenas elevam os custos, prejudicando os beneficiários, mas também comprometem a sustentabilidade do sistema como um todo e são um desafio completo para o setor da saúde no Brasil.
Além de sua utilidade como ferramenta de pesquisa, o estudo pode servir como inspiração para aprofundar o debate sobre a criação de um arcabouço normativo, jurídico e regulatório eficaz para eliminar tais práticas no ambiente privado da saúde.
Em 2022, estima-se que as operadoras de planos de saúde experimentaram uma redução nas receitas entre 11% e 12%, representando perdas reais no setor estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões. As operadoras têm implementado melhorias de gestão, comitês especializados, indicadores de avaliação e tecnologias inovadoras, incluindo inteligência artificial, para combater ativamente fraudes.
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de assistência médica e planos odontológicos têm mantido um crescimento contínuo em termos de usuários. Em dados calculados até setembro de 2023, o setor totalizou 50.890.980 usuários em planos de assistência médica, enquanto os planos odontológicos registraram 31.970.542 usuários.
Nos planos médico-hospitalares, houve um aumento de 888.918 beneficiários em relação a setembro de 2022, e comparativamente a agosto de 2023, um acréscimo de 204.345 usuários.
Em relação aos estados, 25 unidades federativas registraram crescimento de beneficiários em planos de assistência médica em comparação a setembro de 2022, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais os estados com maior crescimento em números absolutos.