No Dia Nacional da Imunização, 09 de junho, destaca-se a relevância das vacinas não só para proteção individual quanto para a saúde pública em geral.
Nos últimos anos, alcançar as metas das coberturas vacinais tem sido um grande desafio para o Ministério da Saúde, que lançou, no início do ano, o Movimento Nacional pela Vacinação. Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, essa mobilização visa imunizar a população brasileira contra a Covid-19 e outras doenças presentes no Calendário Nacional de Vacinação, por meio de várias etapas, que buscam restaurar a confiança nas vacinas e o fortalecimento da cultura de vacinação no país.
A baixa cobertura vacinal acende o alerta para problemas futuros. O sétimo International Symposium on Immunobiologicals (ISI) chamou atenção para o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil, uma doença erradicada desde 1989. A cobertura vacinal registrada em apenas 77,16% no ano passado, bem abaixo dos 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é apontada como o motivo da grande preocupação. O evento, organizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, discutiu amplamente esse tema, que não é o único entrave para o Ministério da Saúde. O órgão enfrenta o desafio de lidar com a possível perda de 3,6 milhões de doses da vacina meningocócica C devido à falta de demanda por parte dos municípios, e há registro de outras 442.320 doses que já expiraram. A vacinação contra a meningite faz parte do calendário nacional desde 2010.