No próximo dia 28 de maio, as mulheres estarão em destaque com a celebração de duas importantes datas relacionadas à sua saúde: o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Essas ocasiões têm como objetivo conscientizar a sociedade sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em relação à sua saúde e bem-estar.
Neste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em conjunto com outras agências e parceiros das Nações Unidas, lançou uma campanha com o objetivo de incentivar os países da América Latina e do Caribe a reduzirem a mortalidade materna, que registrou um aumento de 15% entre os anos de 2016 e 2020.
A região enfrenta um cenário preocupante, com cerca de 8.400 mulheres perdendo suas vidas anualmente devido a complicações durante a gravidez, parto e pós-parto. Entre as principais causas estão a pressão alta, o sangramento intenso e complicações decorrentes de abortos inseguros. No entanto, acredita-se que nove em cada dez dessas mortes poderiam ser evitadas por meio de um atendimento de qualidade, acesso à contracepção e redução das desigualdades no acesso aos cuidados.
A prevenção da mortalidade materna é um processo que se inicia antes mesmo da gravidez, através da consulta de planejamento familiar. Nessa etapa, são identificadas doenças pré-existentes e traçadas estratégias de tratamento. Além disso, medidas preventivas são estabelecidas, como a adoção de uma alimentação adequada e a prática regular de atividades físicas.
No Brasil, foram estabelecidas metas revisadas de redução da mortalidade materna e neonatal, alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, que visa promover a saúde e o bem-estar. A meta nacional para a mortalidade materna foi ajustada para até 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos, enquanto a meta global para 2030 é de menos de 70 óbitos. Embora o país já tenha alcançado essa meta em 2010, ainda enfrenta números elevados, com um registro de 64,4 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2016.
Nesse contexto, o dia 28 de maio se torna uma oportunidade para refletir sobre a importância de investir na saúde das mulheres e buscar soluções efetivas para a redução da mortalidade materna. É essencial garantir um acesso equitativo aos serviços de saúde, promover a educação sobre saúde sexual e reprodutiva, e implementar políticas que contribuam para o bem-estar das mulheres em todas as fases de suas vidas.