Foram divulgados os dados da 7ª edição da Demografia Médica, um estudo que analisa o panorama da medicina no Brasil, ligado ao Conselho Federal de Medicina (CFM). O levantamento abrange o período desde o último ano-base (2023) até janeiro deste ano, oferecendo uma visão detalhada sobre a atuação dos médicos no país (confira aqui).
Entre os destaques, a pesquisa revela que o Brasil chegou ao impressionante número de 575.930 médicos ativos, a maior taxa já registrada. Isso representa uma proporção de 2,81 médicos para cada mil habitantes, um aumento em relação à proporção de 2,69 de 2023.
O estudo também aponta uma tendência crescente no aumento da participação feminina na medicina. Embora as mulheres ainda não sejam a maioria entre os médicos, essa realidade está mudando. Em 2009, as mulheres eram 40,5% dos médicos; em 2022, passaram para 48,6%, e neste ano, representam 49,92% do total.
A previsão é que, ainda em 2024, elas ultrapassem os homens. Além disso, entre os médicos com 39 anos ou menos, as mulheres já são maioria, com 58% em comparação aos 42% de homens.
Outro dado interessante é a diferença entre médicos especialistas e generalistas. Atualmente, há 323.249 especialistas e 275.324 generalistas no Brasil.
O estudo ainda revelou um crescimento no número de escolas médicas, que agora totalizam 389, em comparação com 78 em 1990. Com esse avanço, o Brasil é o segundo país no mundo em quantidade de instituições de ensino médico, ficando atrás apenas da Índia. Sobre este último tópico, o próprio Conselho Federal de Medicina já expressou ressalvas. Em uma publicação oficial de abril de 2024, expressou preocupação com a velocidade na abertura de novas escolas de medicina e com o aumento das vagas já existentes. O tema já foi tratado no site em notícias anteriores, como AQUI.