Na última semana, o Governo de São Paulo anunciou a parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac para o desenvolvimento de uma vacina que, em testes clínicos, induziu a produção de anticorpos em 90% dos pacientes. A próxima fase de testes, com um número maior de pessoas testadas, vai envolver ensaios fora da China – aí reside a parceria com o instituto brasileiro, que será uma das entidades a realizar o teste da vacina em cerca de 9 mil voluntários.
Com o avanço do coronavírus em todo o mundo, os pesquisadores de diversos países estão na corrida pela vacina da doença. Atualmente, são 139 vacinas em estudo, com onze delas em fase de teste clínico.
A vacina em fase mais avançada no momento é a desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido, que já vai ter sua eficácia testada em pelo menos 10 mil pessoas a partir do fim deste mês. De acordo com os especialistas, é possível que, caso aprovada, possa começar a ser produzida até o final do ano em larga escala mas, mesmo assim, num cenário otimista, a imunização só começaria em abril do próximo ano.
Mas, para além da vacina, há diversas pesquisas focadas em instrumentos que possam reduzir a disseminação do vírus. Cientistas da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, descobriram um tecido para máscaras capaz de matar o novo coronavírus. O tecido desenvolvido gera um campo elétrico fraco com baterias de microcélulas, que é capaz de bloquear a proliferação do vírus.
Já no Brasil, os Institutos de Química, Biologia e Física da Unicamp desenvolveram um spray sanitizante para coibir infecção do novo coronavírus. O produto, com nanopartículas de prata, deve ser usado como agente sanitizante para superfícies de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) hospitalares, o que pode permitir o reuso dos materiais. O uso do spray de nanopartículas de prata poderá ser mais uma arma de desinfecção e proteção contra o Covid-19, somado à lavagem das mãos, máscaras, álcool 70 e em gel, que são, no momento, as melhores armas para se proteger.