Com a pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19) no Brasil, o número de leitos, principalmente UTIs, é uma preocupação caso a doença se agrave no país. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que os países garantam de um a três leitos disponíveis por cada 10 mil habitantes.
Segundo o Datasus, base de dados do Ministério da Saúde, o país dispõe de 41.311 leitos, ou seja, está nos requisitos da OMS, porém, parte desse número de leitos já está sendo ocupado por pacientes com outras enfermidades ou até casos de isolamento.
Outro problema é que a distribuição desses leitos não é uniforme. Apenas 10% dos municípios têm leitos suficientes para Covid-19, segundo estudo da Bright Cities, ferramenta de diagnósticos de dados de cidades para gestão pública.
Neste cenário, o Ministério de Saúde avaliou que é necessário criar mais de 1,6 mil leitos de UTI e mais de 22 mil leitos de enfermaria na primeira etapa de enfrentamento o Cod-19, nos próximos 30 dias.
O Governo de São Paulo vai abrir 1.000 novos leitos de UTI, sendo 600 na cidade de São Paulo pela rede municipal e 400 pelo governo em todo Estado.
Na região metropolitana de Campinas, a Unicamp recebeu estrutura móvel para atender pacientes para triagem e consultas. A universidade também vai receber ao menos 30 leitos de UTI. O Hospital Clínicas, além dessa nova estrutura, já oferece 40 leitos de UTI para adultos e 20 para ala pediátrica.
Dentre as ações divulgadas pela prefeitura municipal está a antecipação da abertura do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), exclusivamente para atendimento de casos ligados ao coronavírus. A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar abriu inscrições para o processo seletivo emergencial para contratação de 210 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.