O Brasil contabiliza, atualmente, 546 mil médicos ativos, uma proporção de 2,56 profissionais por mil habitantes. O número, segundo registros dos conselhos regionais de Medicina, mais que dobrou nos últimos 20 anos, acompanhando o crescimento acelerado do número de escolas médicas e de vagas na última década.
O levantamento especial do CFM (Conselho Federal de Medicina) revela que o atual índice brasileiro de 2,56 médicos por mil habitantes já é compatível com o de países como Estados Unidos (2,6), Canadá (2,7), Japão (2,5) e Coreia do Sul (2,5), além de ser maior que o do Chile (2,2), da China (2) e da África do Sul (0,8). Com o incremento esperado, em cinco anos, o Brasil deve ultrapassar Nova Zelândia (3,4), Irlanda (3,3), Israel (3,3), Finlândia (3,2), França (3,2), Bélgica (3,2) e Reino Unido (3).
Segundo o CFM, desde 2010, a população brasileira passou de 190,7 milhões para 214 milhões, enquanto a proporção de médicos por mil habitantes foi de 1,76 para 2,56. No mesmo período, foram abertas mais de 200 escolas de medicina. A cada ano, cerca de 28 mil médicos se somam ao mercado. Com uma vida profissional longa – cerca de 43 anos –, alguns estudos estimam que o país deve alcançar quase 837 mil profissionais em cinco anos.
Entretanto, pelos dados disponíveis nos painéis, percebe-se que a maioria dos médicos permanece concentrada nas regiões Sul e Sudeste, nas capitais e nos grandes municípios. Nas 49 cidades com mais de 500 mil habitantes, que juntas concentram 32% da população brasileira, estão 62% dos médicos do País.
Estes dados estão disponíveis na plataforma Demografia Médica, que mostra também total de profissionais, razão por habitante, divisão por sexo, idade, perfil de formação dos médicos no Brasil, movimento de entrada e saída do mercado (número de egressos/ano, pedidos de inativação/ano), evolução populacional (índices de crescimento da população em geral e da população de médicos), distribuição geográfica (perfil do médico por região, estado, capital, interior, porte populacional) e ranking de estados e capitais.