Janeiro reúne várias datas ligadas à hanseníase: o Dia Mundial do Hanseniano (24/01), o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase (31/01) e a campanha Janeiro Roxo, com foco em conscientizar sobre a doença.
Estas datas têm um objetivo em comum: desmitificar inúmeros mitos acerca de uma das doenças mais antigas que conhecemos.
Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.
Hoje, o Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos, por isso a doença permanece como um importante problema de saúde pública por aqui, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória.
Não há uma vacina específica para prevenir a hanseníase, no entanto, a vacina BCG, normalmente aplicada no nascimento para prevenir tuberculose, também reduz o risco de hanseníase, pois os agentes causadores dessas duas doenças são semelhantes.
O tratamento da hanseníase é feito por meio da poliquimioterapia (PQT), que é a associação de vários antimicrobianos. Esse tratamento é feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, sem necessidade de internação.
Se não tratada, as lesões neurais provocadas pela doença podem apresentar alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação que rondam estes pacientes.
Vale ressaltar, porém, que sintomas mais graves em geral resultam de longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.