Logística Reversa de Medicamentos é um tema crucial não somente para o setor de saúde, mas para toda sociedade, porém ainda pouco discutido.
Para termos uma ideia inicial, ao iniciar sua operação, Logística Reversa de Medicamentos Domiciliares Vencidos ou em Desuso e suas Embalagens, através do Sistema Logmed, já alcançou uma população de 70 milhões de pessoas, por meio de 3,6 mil pontos de coleta distribuídos pelo país.
Para os não familiarizados, o Sistema Logmed é uma iniciativa cooperativa entre os principais participantes do setor farmacêutico – incluindo indústria, distribuição e varejo – destinada a garantir a correta eliminação de medicamentos domiciliares vencidos ou não utilizados. O propósito é estabelecer um ponto de recolha para cada 10 mil habitantes nos municípios e estados contemplados pelo Decreto nº 10.388, decisão do governo federal de 2020 que normatizou a logística reversa de medicamentos domiciliares.
Mas qual é o funcionamento desse processo? Os consumidores já estão se habituando a encontrar nas farmácias e drogarias dispensadores e contêineres para a coleta desses medicamentos. Depois, os distribuidores assumem a responsabilidade de transportar o conteúdo dos dispensadores até os pontos de armazenamento secundário. Na próxima etapa, é responsabilidade da indústria farmacêutica levar os resíduos domiciliares de medicamentos para unidades de tratamento e destinação final ambientalmente adequadas, como incineradores, coprocessadores ou aterros especiais.
Atualmente, o Sistema LogMed, de Logística Reversa de Medicamentos Domiciliares Vencidos ou em Desuso e suas Embalagens, possui 6.800 pontos de coleta distribuídos pelo país e recolheu uma quantidade estimada em mais 600 toneladas de resíduos, desde sua implementação, em 2021. Ele está presente em 650 municípios, instalados em farmácias, e está disponível para mais de 135 milhões de pessoas.Pelo site do Sistema LogMed é possível ver os locais para o descarte correto de resíduos de medicamentos.