Tradicionalmente, os meses de janeiro e fevereiro são marcados por reflexões, previsões e formulação de estratégias no cenário corporativo. Não é diferente no setor farmacêutico.
Se a fase pós-pandemia abalou os laboratórios farmacêuticos, a tendência no Brasil é de progresso. Até 2027, espera-se um crescimento potencial de até 30% nesse setor. De acordo com a consultoria Redirection International, a indústria farmacêutica experimentará quatro anos dinâmicos e positivos até o final de 2027.
As projeções dessa empresa especializada em assessoria para fusões e aquisições indicam um avanço de até 30% no setor, estabelecendo uma média anual de crescimento de 8%. Diversos fatores desempenharão papéis cruciais no impulso dessa indústria nos próximos anos.
Destacam-se o comércio eletrônico, a reestruturação do programa Farmácia Popular e um aumento nas políticas públicas incentivando a produção nacional de medicamentos como impulsionadores principais desse crescimento. Além disso, o envelhecimento da população e os avanços na tecnologia, especialmente no acesso à saúde digital aparecem como fatores favoráveis para expansão do mercado.
Apesar das boas expectativas daqui para frente, no ano de 2023, os principais players globais da indústria farmacêutica enfrentaram uma queda nos lucros. Enquanto as dez principais empresas registraram ganhos de US$ 135 bilhões no ano anterior, esse montante diminuiu para US$ 99 bilhões. A redução nas vendas de medicamentos e vacinas contra a Covid-19 foi responsável por uma queda significativa de 27%, conforme apontado pela Elos Atya.
O preço dos medicamentos continua sendo apontado como problema para os consumidores, por dificultar o acesso aos produtos. A adoção de práticas ESGs pelas empresas também aparece como tendência, por ser um item de relevância crescente entre investidores e consumidores. A sigla ESG diz respeito a práticas ambientais, sociais e de governança.