Tradicionalmente os meses de janeiro e fevereiro são dedicados a balanços, previsões e definição de estratégias no mundo corporativo, e também no setor público.
Lançado no início do ano pelo governo federal, o programa Nova Indústria Brasil apresenta as prioridades de investimento para os próximos anos, destacando a saúde como um de seus principais pilares, ao lado dos setores da agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa. Como todo projeto, o anúncio se deu na esfera das intenções, prevendo colaboração entre o governo, o setor privado e academia.
Com previsão de recursos de R$300 bilhões, os investimentos serão financiados pelo Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), além de incentivos tributários e fundos especiais para estimular alguns setores da economia.
Na área da saúde (missão 2), a meta é ampliar a participação da produção industrial no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros.
Assim, entre as áreas prioritárias estão os fármacos, medicamentos e terapias avançadas, além de insumos fundamentais como vacinas, soros e hemoderivados. Também devem ganhar destaque dispositivos médicos, tecnologias da informação e conectividade.
No rol das ações práticas, o plano afirma a necessidade de se ampliar medidas que aprimorem o ambiente de negócios, passando pela regulação tributária, sanitária, de propriedade intelectual , incluindo a reforma da Lei do Bem, que prevê incentivos fiscais para organizações que atuem em atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Além disso, há a estimativa de um aporte de 30 bilhões de reais até 2026 destinados às contratações públicas por meio do novo PAC Saúde, que está em processo de análise das propostas enviadas pelos entes federados.