O Ministério da Saúde anunciou uma atualização na relação de doenças relacionadas ao ambiente de trabalho, incorporando 165 novas condições patológicas identificadas como causadoras de danos à integridade física ou mental dos trabalhadores.
Entre essas patologias, destacam-se a covid-19, distúrbios músculo-esqueléticos e diversos tipos de câncer. Transtornos mentais, como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio, também foram acrescentados à lista. Reconheceu-se ainda que o uso de certas substâncias pode ser uma consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, assim como o abuso de álcool, que já figurava na lista anterior.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais entre 2007 e 2022. A maioria das notificações, 52,9%, refere-se a acidentes de trabalho graves.
O levantamento indica também que 26,8% das notificações foram relacionadas à exposição a material biológico, 12,2% a acidentes com animais peçonhentos, e 3,7% a lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares associados ao trabalho. Somente neste ano, já foram notificados mais de 390 mil casos de doenças ocupacionais.
Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social. As alterações na lista visam estruturar medidas de assistência e vigilância para promover ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.
Outra publicação recente do Ministério foram as Diretrizes Nacionais do Cuidado Farmacêutico. O conteúdo, divulgado pelo Ministério da Saúde, aborda o medicamento como parte integrante do cuidado, por meio de um modelo de prática profissional e um conjunto de ações realizadas pelo farmacêutico, integrado às equipes de saúde. O objetivo é promover o uso seguro e racional de medicamentos, considerando estudos nacionais e internacionais que evidenciam o impacto dos erros de medicação na população e nos custos de saúde.