A pandemia de Covid-19 afastou pacientes dos hospitais, que deixaram de realizar consultas e exames para tratar doenças crônicas ou o câncer.
De acordo com pesquisa realizada SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial) e pela CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), 43% dos entrevistados reduziram suas visitas ao médico, e 58% adiaram ou diminuíram a frequência de exames.
Essa redução no acompanhamento médico impactou a prevenção e o tratamento contra o câncer. Segundo estudo realizado pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 52,6% dos pacientes oncológicos sofreram com atrasos em cirurgias, quimioterapias e radioterapias ocasionados pelas restrições de entrada de pessoas nos hospitais. No mundo todo, mais da metade dos pacientes também atrasaram seus tratamentos.
Ainda de acordo com o estudo, dados ainda mais preocupantes indicam que 77,5% dos pacientes no mundo todo, inclusive no Brasil, interromperam seus cuidados, e 77% descobriram com atraso ou ainda não sabem que têm câncer.