O mês de Setembro, além da campanha do setembro amarelo, também é dedicado a debater a importância da doação de órgãos. No dia 27, é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, instituído pela Lei nº 11.584/2.007, que determina que a família será a responsável pela decisão final da doação.
O Brasil tem o maior sistema de transplante de órgãos do mundo. De acordo com Ministério da Saúde, cerca de 96% dos transplantes de órgãos são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em contrapartida, um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou que há uma alta taxa de recusa, principalmente por incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e motivos religiosos.
Mais de 45 mil pessoas ainda aguardam na fila de espera para um transplante, mas o movimento ao longo dos anos teve resultados positivos. Desde 2010, o Brasil teve um aumento de procedimentos realizados, saltando de 6.426 cirurgias em 2010 para 9.212 transplantes de coração, fígado, intestino, pâncreas, pulmão e rim em 2019 — um incremento de 43,3%.
A pandemia do coronavírus trouxe impactos e de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, a taxa de doadores efetivos caiu 6,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. Quando se confrontam os números de doadores no primeiro e no segundo trimestres de 2020, a queda é ainda mais expressiva: 26,1%.