Com a chegada do coronavírus (Covid-19) no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a importação de imunoglobulina, usada imunizar pacientes de diversas doenças e que pode servir para casos mais graves do novo coronavírus.
A medicação é usada para reforçar a imunidade de pacientes com tratamento de imunodeficiências. Para o caso de coronavírus, o produto atuaria como um aporte extra de anticorpos, numa tentativa de combater o vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, a liberação era necessária porque o estoque do produto estava baixo e a expectativa de secretários estaduais era de que o medicamento terminasse em cerca de 30 dias.
Porém, o produto não tem registro sanitário no Brasil, ou seja, não passou pelo crivo da Anvisa. A liberação pela agência ocorreu no dia 03 de março, numa reunião a portas fechadas.
Cerca de 45 mil frascos comprados de uma empresa chinesa pelo Ministério estão guardados em um aeroporto no Brasil, esperando o aval da Anvisa. É uma parte de um contrato de 300 mil frascos, assinado em dezembro de 2019. O restante do produto deve ser embarcado em breve. Além disso, o governo também fechou em dezembro um contrato para a entrega de 100 mil frascos de uma empresa da Coreia do Sul. A liberação desta carga ainda terá de passar pela Anvisa.
A medida do Ministério da Saúde, de liberar importação de medicamentos sem aprovação da Anvisa, é polêmica. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, por exemplo, divulgou nota se manifestando contra a compra de imunoglobulina humana de marca não aprovada ou registrada na ANVISA (leia texto completo aqui.)